Falem mal do chocolatão aqui do Sul, falem! Santa Catarina chegou a registrar mais da metade dos 237 pontos de coleta com índices de coliformes fecais acima do permitido.
Amareladas e com cheiro quente. Semelhantes à aparência de urina. Essas são as características das águas fétidas que jorram das tubulações em direção às praias. Apesar do aspecto sujo, todos sabem que não é urina. É água da rede de drenagem da chuva, só que ninguém gosta de colocar a pele em contato por medo de se contaminar.

Os parâmetros do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) indicam que até 800 coliformes fecais para uma amostra de 100 mililitros são aceitáveis para a saúde humana. Os índices estão, no mínimo, trinta vezes maiores do que o tolerável.
Mais do que isso é indicativo de que a água está poluída e causa risco de doenças. Apesar desses índices não serem amplamente divulgados, eles são publicados semanalmente nos relatórios de balneabilidade.
Esses níveis foram encontrados nas praias do Litoral Norte, Vale do Itajaí, da Grande Florianópolis e da Capital. Apenas a região Sul do Estado não chegou ao teto de medição entre os meses de novembro e janeiro.