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Roger tenta resgatar Renê do início da carreira no retorno ao time do Inter

Lateral começou trajetória no futebol atuando mais ofensivo, mas recuou nos últimos anos

28/11/2024 - 14h48min

ecinematografico

O técnico do Liverpool, Arne Slot, analisa o grande confronto deste fim de semana em Anfield contra o Manchester City.

Desde que foi substituído, no intervalo do empate com o Rosario Central que eliminou o Inter da Sul-Americana, Renê tem sete minutos em campo pelo Inter. Foram 19 partidas no banco e em 17 delas sem sair de lá.

O lateral-esquerdo voltará ao time titular na volta colorada após a pausa da Data Fifa, diante do Vasco, em 21 de novembro. Aos olhos da torcida, é uma espécie de última chance ao jogador marcado por algumas falhas. Mas entre colegas, comissão técnica e dirigentes, trata-se de um atleta importante para o grupo.

Tem dois pontos importantíssimos sobre esse retorno ao time. A primeira é tática. Nos últimos anos, ao menos, Renê virou um lateral defensivo, quase um zagueiro pela esquerda.

Quando o time era treinado por Eduardo Coudet, ele baixava entre os dois defensores para fazer a saída de bola logo depois do goleiro. Na equipe atual, com Roger Machado, os laterais são parte integrante da segunda linha, buscam o ataque, têm liberdade para aprofundar o time.

É assim, ao menos, que Bernabei se comporta. E foi essa a fórmula de seu sucesso para atuar todos os jogos até levar o terceiro cartão amarelo. Buscar a frente, se transformar quase em ponteiro. Algo que Renê já fez, mas não estava repetindo no time. Roger, porém, explicou:

— O modelo com saída de três, que era preferência de Coudet, se adaptava melhor nas características de Renê.

Agora, o técnico quer uma retomada de outra faceta do lateral. Nos tempos de Sport, e até de Flamengo, Renê era um lateral ofensivo, que se destacava pelas aparições na frente. Tanto que tem 18 participações para gol em sua carreira no Recife, segundo o site OGol. Roger lembrou:

— Renê também não era um lateral defensivo, pelo contrário. Vamos incentivar para que volte a ter o costume pelo lado do campo com qualidade. Ele tem passe maravilhoso no último terço. No meu modelo, gosto de ter frequência de lado de campo com os laterais.

Os números ilustram essa diferença. Bernabei tem sete participações para gol em 19 partidas do Brasileirão. Renê, em 14 jogos, tem uma. O argentino deu passe para 23 finalizações, contra oito do brasileiro. Defensivamente, são parecidos proporcionalmente, como mostram os desarmes: 28  a 19 para Bernabei.

Mas tem algo em futebol que vai além do campo, e que conta muito em times. Renê, com Coudet, era um dos capitães. Continua sendo liderança do grupo, mesmo no banco. E está com contrato por encerrar, o que suscita algumas dúvidas.

Porque ainda que seja querido pelo grupo e reconhecido como figura importante, entre os torcedores está longe de gozar de prestígio. Suas falhas em partidas importantes, como o gol contra no Gre-Nal do Gauchão, os erros contra o Fluminense pela Libertadores do ano passado e o passe que virou gol do Belgrano na Sul-Americana, na retomada do futebol após as enchentes, mancharam sua imagem com os colorados.

Seu contrato se encerra no final do ano. Mas o Inter, ao menos publicamente, fala em renovação do lateral de 32 anos. O executivo André Mazzuco declarou:

— Renê tem números expressivos na posição, de top 5 entre os laterais. Temos um plano. Já iniciamos as conversas. Ele está adaptado ao clube, é importante no elenco, tem liderança. Vamos tratar deste assunto com carinho.

Assim, a partida contra o Vasco pode ser uma espécie de renovação das esperanças e das chances de renovação. Até porque Bernabei pouco dá brechas para a concorrência.


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